Audi lança Q8 e passa a oferecer mais SUVs que sedãs
O utilitário de luxo exposto em um hotel de Campinas (interior de São Paulo) é apresentado como o principal lançamento da Audi em 2019, ano em que a montadora alemã completa 25 anos de Brasil.
Batizado de Q8, o carro produzido na Eslováquia confirma a migração das marcas premium para o segmento de utilitários.
Quando estreou no mercado nacional, em 1994, a Audi não produzia nenhum SUV. A empresa se destacava pela esportividade de seus carros, imagem reforçada por Ayrton Senna, seu primeiro importador.
Em março de 1994, Senna apresentou os lançamentos à imprensa no Autódromo de Interlagos. Um dos destaques foi o sedã S4, que tinha motor 2.2 turbo com cinco cilindros e 280 cv.
A montadora tem hoje cinco SUVs em sua linha, número que deve crescer nos próximos anos. Os sedãs tradicionais seguem em quatro opções (A3, A4, A6 e A8).
O primeiro utilitário da Audi foi o Q7, lançado em 2006. Depois dele vieram os modelos Q2, Q3, Q5 e o elétrico e-Tron. O Q8 chega para ser o mais chamativo dessa família.
A versão mais em conta do novo modelo é anunciada por R$ 472 mil. A fabricante diz que o valor é promocional: quando o primeiro lote acabar, o preço subirá para R$ 495 mil.
Visto de perfil, o Q8 parece um hatch inflado. O teto tem uma leve queda na parte traseira, estilo adotado pelos jipões metidos à cupê. Essa silhueta disfarça bem seus quase cinco metros de comprimento.
Há bom espaço no banco traseiro, que tem encosto reclinável. Os passageiros dali também podem escolher a temperatura do ar-condicionado.
A cabine de forração escura foi desenhada pelo brasileiro Maurício dos Santos. Ele adicionou LEDs que podem emitir 30 cores, e é possível combinar diferentes tons ao mesmo tempo.
Ao abrir as portas, os ocupantes encontram janelas sem molduras, mais uma opção que remete ao cupês. Porém, os assentos elevados mostram que se trata mesmo de um SUV, e dos grandes.
O motor V6 turbinado tem 340 cv de potência. Gerold Pillekamp, gerente de produto da Audi, diz que o Q8 vai do zero aos 100 km/h em 5,1 segundos.
Para poupar gasolina no trânsito pesado, o sistema Start/Stop desliga o motor sempre que a velocidade é inferior a 22 km/h. A máquina volta a funcionar quando o motorista tira o pé do freio.
Uma câmera de visão noturna detecta pessoas e animais que estejam no acostamento ou na pista de vias escuras. Os sistema é conciliado a sensores capazes de frear o Q8 caso haja risco de atropelamento.
A tração é integral e há sete modos de condução. Alguns são voltados para o uso fora de estrada, mas o perfil do carro combina mais com o piso liso de rodovias e autódromos, tal e qual os modelos apresentados por Senna há 25 anos.