Com vendas em alta, Chevrolet Tracker passa pelo teste Folha-Mauá
A terceira geração do Chevrolet Tracker tornou-se um fenômeno nestes tempos de pandemia. O utilitário compacto teve 1.564 unidades vendidas em maio, uma alta de 50,7% em comparação ao mesmo mês de 2019. No geral, o mercado automotivo caiu 74,7% no período.
O modelo anterior, que era importado do México, vinha em pequenos lotes e não era muito procurado pelo público, o que já explica parte do crescimento. Mas a principal razão está no novo carro em si.
Apesar de oferecer bom desempenho, era fácil apontar defeitos na geração passada. O espaço na cabine e no porta-malas ficava distante do oferecido pelos concorrentes Honda HR-V, Hyundai Creta e Volkswagen T-Cross.
Já o novo Tracker permite que quatro adultos viajem folgados. E se os 393 litros disponíveis para bagagens não forem suficientes para um passeio de fim de semana, talvez seja melhor rever as prioridades na hora de pegar a estrada.
Todas as versões são equipadas com seis airbags, controles de tração e estabilidade, ar-condicionado, sistema multimídia e acionamento elétrico de vidros, travas e retrovisores. A opção mais em conta é anunciada por R$ 85,3 mil. Seu motor 1.0 turbo tem 116 cv de potência e o câmbio é manual, com seis marchas.
Mas a Chevrolet é fiel ao primeiro mandamento de todas as estreias automotivas: “Oferecei primeiro o pacote mais completo”. Assim sendo, o Tracker chega ao teste Folha-Mauá na configuração automática Premier (R$ 116,5 mil).
O motor 1.2 turbo (133 cv) tem os mesmos três cilindros da opção 1.0. Embora menor e menos potente que o 1.4 (153 cv) usado na geração anterior, proporcionou resultado satisfatório na pista.
O novo Tracker foi 0,4 segundo mais lento que seu antepassado na prova de aceleração (0 a 100 km/h), um empate técnico. Os dados de desempenho foram aferidos em pista fechada pelo Instituto Mauá de Tecnologia.
No consumo, o modelo 2021 levou vantagem: a média cidade/estrada com gasolina ficou em 15,7 km/l. A geração anterior atingiu a marca de 13,7 km/l.
Os pontos positivos vão além dos números. O jipinho testado é equipado com sensores que avisam se há um veículo no ponto cego do retrovisor e emitem alertas caso o ritmo do trânsito fique mais lento. Os faróis com LEDs iluminam bem e há luzes de leitura individuais para os passageiros.
Os bancos bicolores são a parte polêmica da versão Premier. O material que imita couro é pintado de preto e azul e cortado por uma faixa de tecido cinza. As costuras são feitas com linha branca, tudo ao mesmo tempo. Quem quiser algo mais discreto terá de optar por uma das versões mais simples do Tracker. Ao todo, há cinco opções.
Chevrolet Tracker 1.2 Turbo Premier
Preço: R$ 116,5 mil
Potência: 132 cv (g) e 133 cv (e) a 5.500 rpm
Torque: 19,4 kgfm (g) e 21,4 kgfm (e) a 2.000 rpm
Câmbio: Automático, seis marchas
Pneus 215/55 R17
Peso 1.405 kg
Porta-malas: 393 litros
Aceleração: (0 a 100 km/h) 9,8s (g) e 9,5s (e)
Retomada: (80 km/h a 120 km/h) 6,8s (g) e 7,4s (e)
Frenagem: (80 km/h a 0) 40,4 m
Consumo urbano: 12,8 km/l (g) e 8,9 km/l (e)
Consumo rodoviário: 18,6 km/l (g) e 13,5 km/l (e)