Novo Nissan Versa se aproxima de sedãs médios em porte e comportamento

A nova geração do sedã Nissan Versa quer ser mais que um bom carro para o transporte por aplicativo. O modelo —que chega às lojas por a partir de R$ 73 mil— perdeu um pouco de espaço na parte traseira, mas ganhou conforto e harmonia no desenho.

Ao entrar na cabine, logo se percebe o quanto os bancos dianteiros melhoraram. A posição ao volante, que era um dos pontos fracos da geração anterior, agora se equipara à de sedãs de maior porte. O motorista dirige mais relaxado que antes, com acesso fácil aos comandos.

Versão mais equipada do novo Nissan Versa traz forração em dois tons (Divulgação)

Todas as versões do novo Versa trazem motor 1.6 flex (114 cv), seis airbags, direção com assistência elétrica, ar-condicionado, sistema de som e ajustes elétricos das janelas, das travas e dos retrovisores.

Apenas o sedã mais simples é equipado com câmbio manual de cinco marchas. As outras três opções, que custam entre R$ 78 mil e R$ 93 mil, trazem a caixa automática do tipo CVT, que simula seis marchas.

O modelo foi avaliado na versão Exclusive, a mais equipada. Há faróis com LEDs nos fachos alto e baixo, sistema multimídia, sensores de ponto cego e frenagem automática em caso de colisão iminente.

A forração pode ser predominantemente clara ou escura, em material que imita couro. O pacote visual é complementado por maçanetas cromadas e detalhes prateados aqui e acolá. Nesse quesito, a Nissan peca pelo excesso.

Nova geração do Nissan Versa, sedã produzido no México (Divulgação)

O teste curto na pista fechada do Haras Tuiuti, no interior de São Paulo, comprovou o que o visual já entregava: do antigo Versa, só restou o nome.

Equipado com câmbio automático do tipo CVT, que simula seis marchas, o novo Nissan mostra ter força suficiente para o uso cotidiano. Seu conjunto mecânico é similar ao dos concorrentes Honda City (a partir de R$ 65,8 mil) e Toyota Yaris sedã (R$ 81,8 mil), que têm motores 1.5 flex.

A carroceria manteve o equilíbrio no zigue-zague entre cones e nas curvas fechadas do circuito. A suspensão está mais firme que antes, e chega a incomodar a passar sobre desníveis. A culpa é das rodas de 17 polegadas que equipam a versão Exclusive – modelos mais simples trazem aro 15.

Painel da linha 2021 do sedã Nissan Versa (Divulgação)

Embora tenha envelhecido 10 anos diante do novo modelo, o antigo Versa vai continuar em linha. O modelo, rebatizado como V-Drive, é vendido por R$ 59 mil na versão com motor 1.0 flex (77 cv).

Além de concorrer com City e Yaris, o novo Versa vai disputar espaço com as versões turbinadas do Chevrolet Onix Plus e do Volkswagen Virtus, cujos valores iniciais estão entre R$ 75 mil e R$ 85 mil.

Entretanto, com o aumento de preço dos sedãs médios, a Nissan também espera conquistar parte do público que não quer pagar mais de R$ 100 mil em modelos como Honda Civic e Toyota Corolla.