Máquinas do Tempo https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br Passado, presente e futuro da mobilidade e da indústria automotiva Fri, 19 Nov 2021 02:43:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 BMW confirma novo ciclo de investimento no Brasil https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/18/bmw-confirma-novo-ciclo-de-investimento-no-brasil/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/11/18/bmw-confirma-novo-ciclo-de-investimento-no-brasil/#respond Fri, 19 Nov 2021 02:43:08 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/11/bmw-x4-2021-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=453 A BMW anunciou nesta quinta (18) que fará um novo investimento na fábrica de Araquari (SC). Serão aplicados R$ 500 milhões entre 2022 e 2024 para produção dos utilitários X3 e X4, além de um modelo que ainda será revelado na Alemanha.

As versões produzidas no Brasil terão motor a combustão, com destaque para o 3.0 turbo (387 cv) do X4 M40i. Opções elétricas deverão vir importadas.

Com o novo aporte, a unidade nacional vai acumular R$ 1,8 bilhão em investimentos desde o início das operações, em 2014.

Versão atualizada do BMW X3 será produzida em Santa Catarina (Divulgação)

A marca alemã anunciou a produção nacional de carros em outubro de 2012. A empresa já estava decidida a montar automóveis no país, mas a confirmação só foi comunicada após o programa Inovar-Auto ser estabelecido.

A política industrial da época estimulava a instalação de fábricas por meio de incentivos tributários e metas de eficiência energética.

O primeiro modelo foi o sedã Série 3, que já teve pouco mais de 25 mil unidades fabricadas em Araquari desde 2014.

O anúncio feito agora pela BMW confirma o retorno dos investimentos no setor automotivo, apesar das dificuldades causadas pela escassez global de componentes eletrônicos.

No início do mês, a Volkswagen apresentou um novo ciclo no país, feito com capital local. Serão aplicados R$ 7 bilhões entre 2022 e 2026 no desenvolvimento de uma nova família de carros compactos.

O primeiro será o novo Polo Track, uma versão mais em conta do hatch com produção confirmada para a fábrica de Taubaté (interior de São Paulo).

A Renault também confirmou que fará um investimento no país para renovar sua linha de produtos –com foco em modelos maiores e mais caros–, mas o valor ainda não foi revelado.

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Fiat Pulse chega às lojas; conheça preços e equipamentos https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/19/fiat-pulse-chega-as-lojas-conheca-precos-e-equipamentos/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/10/19/fiat-pulse-chega-as-lojas-conheca-precos-e-equipamentos/#respond Tue, 19 Oct 2021 22:17:29 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/10/FIAT_PULSE_IMPETUS_019-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=448 A importância do Fiat Pulse não se mede pelo porte ou pelo desenho, que agrada sem ser ousado ou revolucionário. Seu valor para a marca é expresso por uma série de novidades mecânicas e de segurança que estarão em outros carros do grupo Stellantis.

O modelo 2022 chega ao superpovoado segmento de utilitários compactos e traz, de uma vez só, um novo motor, um câmbio inédito para a montadora e itens como sensores de faixa e sistema de frenagem autônoma.

As versões mais equipadas desse “jipinho” urbano custam a partir de R$ 99 mil e são equipadas com motor 1.0 turbo flex (130 cv) combinado à caixa automática do tipo CVT, que simula sete marchas. A mesma transmissão pode equipar a opção Drive 1.3 flex (109 cv) a um preço de R$ 90 mil.

Há também a opção 1.3 com câmbio manual de cinco marchas. Posicionada como a mais em conta da linha, é vendida por R$ 80 mil.

Os preços posicionam o carro na briga direta com Honda WR-V (a partir de R$ 95,7 mil) e Volkswagen Nivus (R$ 105,1 mil).

Portanto não se deve esperar que o novo Fiat concorra com modelos maiores, a exemplo de Hyundai Creta e Chevrolet Tracker. Esse papel caberá ao futuro SUV derivado da picape Toro.

A montadora proporcionou um primeiro contato com o Pulse no campo de provas da Pirelli, na cidade de Elias Fausto (interior de São Paulo). A versão avaliada foi a topo de linha Impetus Turbo. O carro estava equipado com sistema de frenagem autônoma, roteador de internet para até oito dispositivos e bancos com revestimento que imita couro. O preço nessa configuração chega a R$ 116 mil.

 

O acabamento é bem cuidado e os mostradores digitais trazem modernidade à cabine, mas falta regulagem de profundidade da coluna de direção. Mexe daqui, puxa dali, e encontra-se uma boa posição para dirigir.

A avaliação consiste em uma volta pela pista, com slalom (desvios entre cones) e teste do sistema de frenagem. O motor turbo faz o carro partir um tanto sonolento na primeira acelerada, mas isso é resolvido ao apertar a tecla Sport no volante, O botãozinho vermelho muda eletronicamente o mapa de aceleração e o Pulse parte lépido.

A direção levíssima facilita o trabalha de ziguezaguear entre os cones. O motorista está em posição elevada e a altura da carroceria permite até se aventurar por trechos esburacados de terra, mas trata-se de um carro urbano.

Um pano preso a traves de madeira faz o papel de um carro parado à frente. O instrutor orienta a deixar o carro seguir a 30 km/h com o sensor de frenagem acionado. Uma luz pisca no painel avisando que há um obstáculo adiante. Se o motorista não reagir, os freios são acionados automaticamente. O Pulse para a poucos centímetros da barreira.

O banco traseiro recebe bem dois adultos. Há mais espaço para os joelhos do que no Volkswagen Nivus, porém o Fiat é mais apertado que o Honda WR-V.

Porta-malas do Fiat Pulse tem 370 litros de capacidade (Divulgação)

A lista de itens de série inclui direção com assistência elétrica, ar-condicionado, sistema multimídia, controles de estabilidade, faróis com LEDs  e acionamento elétrico de vidros, travas e retrovisores. As opções mais caras trazem uma tela maior para o sistema de som, rodas de 17 polegadas e acabamento cromado da grade frontal.

O porta-malas tem 370 litros de capacidade, tamanho razoável para um modelo de porte compacto: são 4,10 m de comprimento. Embora perca em espaço interno, o concorrente Nivus tem 4,27 m e 415 litros disponíveis para bagagens.

A Fiat oferece ainda uma série de serviços conectados em seu carro. Dá até para acessar o menu do McDonalds e fazer um pedido diretamente na central multimídia. O carro também traz uma tag de pedágio previamente instalada, com um ano de mensalidade grátis.

As tecnologias disponíveis fazem o Pulse ter cerca de 1.200 semicondutores a bordo. A falta desses componentes eletrônicos foi um dos motivos de atraso do lançamento. O carro já deveria estar nas ruas há alguns meses.

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Após quatro meses de parada, Chevrolet Onix volta a ser produzido https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/apos-quatro-meses-de-parada-chevrolet-onix-volta-a-ser-produzido/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/08/12/apos-quatro-meses-de-parada-chevrolet-onix-volta-a-ser-produzido/#respond Thu, 12 Aug 2021 21:20:06 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/09/Onix-RS-19-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=415 Após um longo período com a produção interrompida devido à escassez de semicondutores, a General Motors anunciou nesta quinta (12) que voltará a fabricar o compacto Chevrolet Onix em Gravataí (RS).

A partir de segunda (16), a linha de montagem irá operar em um turno. Os carros serão modelo 2022.

Os problemas começaram em fevereiro, com interrupções pontuais. As últimas unidades foram produzidas em abril.

Em nota, Carlos Zarlenga, presidente da GM América do Sul, diz que a montadora vai começar a atender os milhares de clientes que aguardam pelos carros, produzidos em versões hatch e sedã.

É provável que muitos clientes que fizeram reserva só recebam seus carros no início do próximo ano.

A nova geração do Onix foi lançada no fim de 2019. O carro é equipado com seis airbags e controles de tração e de estabilidade, além de sistema multimídia.

Esses itens de segurança e conforto exigem um grande número de semicondutores, que também estão presentes em diversos equipamentos eletrônicos.

A GM é a montadora mais afetada por problemas de produção. O Onix aparece na 35ª colocação no ranking de vendas em julho, algo inusitado para o modelo mais emplacado entre 2015 e 2020.

“O novo Onix chega a ter aproximadamente 1.000 semicondutores e sistemas integrados espalhados por quase 20 módulos, é até o dobro da quantidade encontrada em outros modelos da mesma categoria”, afirmou a montadora em um comunicado divulgado em junho.

 

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Renault Captur 2022 chega mais potente, mais equipado e mais caro https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/07/renault-captur-2022-chega-mais-potente-mais-equipado-e-mais-caro/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/07/07/renault-captur-2022-chega-mais-potente-mais-equipado-e-mais-caro/#respond Wed, 07 Jul 2021 20:52:23 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/renault-captur-2022-turbo-004_baixa-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=400 Lançado no fim de 2017, o utilitário compacto Renault Captur passa por sua primeira grande mudança no mercado nacional. Se as fotos fazem pensar que se trata de um retoque no visual, vale dizer que as novidades estão dentro da cabine e debaixo do capô.

O SUV produzido em São José dos Pinhais (PR) tem agora um interior caprichado, com mistura de cores e texturas no lugar do plástico preto de antes. Não chega a ser luxuoso, mas está em pé de igualdade com a concorrência em um segmento que não para de crescer.

O novo motor 1.3 turbo flex (170 cv) desenvolvido pela Aliança Renault-Nissan em parceria com a Daimler, dona da Mercedes-Benz, é a principal novidade. A configuração mecânica permitiu reposicionar o Captur no mercado nacional –e foi um reposicionamento e tanto.

Os preços partem de R$ 124,5 mil na versão Zen e chegam a R$ 138,5 mil na opção Iconic. Há um ano, os valores começavam em R$ 98,7 mil.

Toda a linha Captur é equipada com quatro airbags (frontais e laterais), controles de tração e de estabilidade, sistema multimídia com tela de oito polegadas sensível ao toque, ar-condicionado, botão de partida e sistema Start/Stop, que desliga o motor em paradas breves para poupar combustível e poluir menos.

No lugar do volante pesado de antes, o motorista encontra uma direção com assistência elétrica e, enfim, regulagem de profundidade.

A opção intermediária Intense (R$ 129,5 mil) traz ainda sensores de chuva e de luminosidade, saídas USB para o banco traseiro e luzes de neblina.

O Captur testado foi o Iconic, que tem lâmpadas de LED nos faróis, som projetado pela grife Bose e sensor de ponto cego. Esse equipamento de segurança emite um sinal luminoso nos espelhos retrovisores externos sempre que um veículo está em uma área de difícil visualização.

Antes de colocar o SUV da Renault na rua, vale relembrar sua história no Brasil.

O Captur chegou ao mercado com uma combinação mecânica que estava em desuso. O eficiente 2.0 flex (140 cv) veio associado a um câmbio automático de quatro marchas, o que prejudicava tanto o desempenho como o consumo.

Já a versão com motor 1.6 era oferecida com câmbio manual de cinco marchas ou automático do tipo CVT, que simula seis velocidades. A primeira opção interessava a um público restrito, enquanto a segunda decepcionava nas acelerações e retomadas.

Segundo dados do teste Folha-Mauá, o Captur 1.6 CVT precisava de 14 segundos para ir do zero aos 100 km/h quando abastecido com etanol.

A linha 2022 deixa os problemas de desempenho para trás. Há vigor nas arrancadas, evolução proporcionada pelo novo motor combinado ao mesmo câmbio continuamente variável de antes, mas que passou por evolução: agora simula oito marchas.

O Captur manteve o pique em subidas por trechos sinuosos sem precisar elevar as rotações até o limite. A Renault diz que o carro chega aos 100 km/h em 9,2 segundos. Há boa estabilidade, apesar da altura da carroceria.

Os bancos firmes –até demais– seguram o corpo nas curvas e o motorista logo descobre o quanto o ajuste de profundidade da coluna de direção melhora a posição ao volante.

Qualidades antigas permanecem, como o espaço para bagagens no porta-malas de 437 litros. Esse é o grande diferencial do Captur em um segmento que já conhece há tempos as vantagens do turbo. E aí começam os problemas do Renault.

O modelo tem um outro rival paranaense de respeito, o Volkswagen T-Cross. A versão Highline 1.4 TSI (R$ 138.950) também se destaca pelos itens de série.

Apesar dos problemas de produção que afetam a General Motors, o Chevrolet Tracker é mais um turbinado no mercado. A opção 1.2 Premier (R$ 131.430) vai bem em provas de desempenho e consumo.

Já o Citroën C4 Cactus THP Shine Pack (R$ 129 mil) é o mais rápido e um dos mais equipados de seu segmento.

Em breve, Jeep Renegade e Hyundai Creta entrarão no clube dos SUVs turbo flex, o que deve impulsionar as vendas –que já são boas.

Por estar distante dos líderes, o Renault Captur pode ter dificuldade em subir no ranking de emplacamentos. Por outro lado, o reposicionamento de preços e a adição de itens de série mostram que a Renault busca rentabilidade para compensar um menor volume de licenciamentos.

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Volkswagen Taos chega às lojas em junho; conheça os preços e as versões https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/27/volkswagen-taos-chega-as-lojas-em-junho-conheca-os-precos-e-as-versoes/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/27/volkswagen-taos-chega-as-lojas-em-junho-conheca-os-precos-e-as-versoes/#respond Thu, 27 May 2021 18:25:04 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Taos-04-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=385 A Volkswagen divulgou nesta quinta (27) os preços do Taos, SUV de porte médio que chega às concessionárias em junho. Os valores partem de R$ 155 mil na versão Comfortline e chegam a R$ 187,3 mil na opção Highline equipada com teto solar.

Há ainda a série de lançamento Launching Edition, com pintura especial em dois tons (preto no teto, bege na carroceria) e preço sugerido de R$ 191.060. Oferecido em pré-venda, esse primeiro lote esgotou em poucas horas.

Todos os Taos são equipados com motor 1.4 turbo flex (150 cv), câmbio automático de seis marchas, seis airbags, faróis com LEDs nos fachos alto e baixo, painel totalmente digital, sistema multimídia VW Play, rodas aro 18 e ar-condicionado com ajuste automático de temperatura em duas zonas na cabine.

A tração é sempre dianteira. O SUV médio tem 4,46 m de comprimento, 2,68 m de distância entre eixos, 1,84 m de largura e 1,62 m de altura.

O sistema VW Play permite baixar aplicativos de delivery, audiolivros e assistir TV, desde que o carro esteja parado.

A versão Highline traz controle adaptativo de cruzeiro e detector de pedestres. O sistema é capaz de parar o carro caso haja risco de atropelamento ou colisão, além de acompanhar o ritmo do trânsito na estrada, freando e acelerando automaticamente.

O primeiro contato com o Taos foi estático, dentro de um estúdio montado na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). O espaço na cabine e no porta-malas (498 litros) é consideravelmente maior do que o oferecido pelos rivais diretos Toyota Corolla Cross (a partir de R$ 143,5 mil) e Jeep Compass, cujos preços começam em R$ 144,6 mil.

O interior do VW traz revestimentos que imitam couro e iluminação por LEDs, com a possibilidade de escolher a cor das luzes embutidas no painel e nas portas. O acabamento é superior até ao do Tiguan 2.0 turbo (R$ 233.740), que em breve irá receber mudanças de estilo.

O Taos é produzido na Argentina, país que passa por um período de restrições devido ao agravamento da pandemia de Covid-19. As montadoras foram autorizadas a manter a produção, que ainda sofre com faltas pontuais de componentes.

Pablo Di Si, presidente da Volkswagen América do Sul, disse que ainda não houve atrasos nas entregas do novo SUV da marca. A empresa prepara um novo ciclo de investimentos para o Brasil, que deve ser anunciado no início do segundo semestre.

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Ford Bronco chega ao Brasil e passa por teste na lama e no asfalto https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/20/ford-bronco-chega-ao-brasil-e-passa-por-teste-na-lama-e-no-asfalto/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/20/ford-bronco-chega-ao-brasil-e-passa-por-teste-na-lama-e-no-asfalto/#respond Thu, 20 May 2021 13:50:03 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/Bronco-08-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=376 Em processo de reconstrução da própria imagem, a Ford dedicou ao utilitário Bronco o mesmo tratamento dado ao cupê esportivo Mustang. Na visão da montadora, não são apenas carros: são grifes.

As provas dessa escolha aparecem nos detalhes do SUV com tração 4X4, que começa a ser vendido no Brasil em sua versão mais equipada. Importado do México, tem preço sugerido de R$ 256,9 mil em versão única.

O emblema no volante do Bronco não é o oval azul da Ford. Em seu lugar está um cavalinho pronto para dar um coice, imagem que representa o SUV desde sua primeira geração, lançada em 1965.

O nome do carro também substitui o da montadora tanto na grade frontal como na tampa do porta-malas.

Bronco na pista de testes da Ford em Tatuí, interior de São Paulo (Divulgação)

O desenho ao quadrado lembra o Bronco do passado, e as semelhanças param por aí. O novo carro tende para o luxo e oferece bom desempenho com seu motor 2.0 turbo a gasolina (248 cv). O antigo era um bicho do mato.

Os americanos podem comprar uma versão voltada para o off-road extremo, que concorre com o Jeep Wrangler. Mas a opção Sport Wildtrak que vem para o Brasil também é capaz de vencer terrenos difíceis, bem como o concorrente Jeep Compass Trailhawk (R$ 216,9 mil), que tem motor turbodiesel (170 cv), e o Land Rover Discovery Sport 2.0 turbo flex (249 cv, a partir de R$ 285 mil).

A Ford montou um circuito fora de estrada dentro de seu campo de provas, em Tatuí (interior de São Paulo). O Bronco chafurdou e se virou bem para sair de trechos alagados e escorregadios.

O Bronco pareceu empacar em uma piscina de água lamacenta, mas bastou girar um botão no console e selecionar o melhor modo de tração para aquele terreno, controlar a aceleração e seguir em frente.

A tela instalada no meio do quadro de instrumentos exibe animações enquanto o motorista escolhe o modo de condução. Ao selecionar a opção “Escorregadio”, o mostrador fica azulado e as bordas parecem congelar.

Sobre o piso coberto de pedriscos, a eletrônica manteve o carro sob controle.

Embora não seja possível fazer off-road pesado com a versão Sport –nem pense em subir paredões rochosos ou passar por trechos com muita erosão–, o conforto de rodagem em condições ruins vai agradar o público que deseja um carro parrudo para aventuras nas folgas.

O interior emborrachado facilita a limpeza após as viagens, mas os materiais que imitam couro na forração de bancos e portas, além de uma extensa lista de itens de série, mostram que o foco está no uso urbano.

É no asfalto que o sobrenome Sport ganha sentido. O Bronco chegou aos 100 km/h em 7,5 segundos, segundo a medição feita em pista fechada pelo Instituto Mauá de Tecnologia. As médias de consumo também foram elogiáveis para um modelo a gasolina: 9,6 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada.

O vigor na rodovia aproxima o SUV da Ford do Volkswagen Tiguan R-Line, que também é equipado com motor 2.0 turbo (230 cv) e custa a partir de R$ 233,7 mil. Enquanto o Ford tem mais recursos para o uso fora de estrada, o Volks oferece cabine ampla e sete lugares.

O Bronco vai dividir espaço nas lojas com o utilitário urbano Territory, que é importado da China, tem motor 1.5 turbo (150 cv), tração dianteira e custa R$ 197,9 mil na versão Titanium. A única semelhança entre os modelos é o nome do fabricante.

Ford Bronco Wildtrak

Preço: R$ 256,9 mil
Motor: dianteiro, transversal, a gasolina, 2.0 turbo
Potência: 240 cv a 5.500 rpm
Torque: 38 kgfm a 3.000 rpm
Transmissão: Tração integral, câmbio automático de oito marchas
Pneus: 225/65 R17
Peso: 1.718 kg
Porta-malas: 580 litros
Comprimento: 4,39 m
Largura: 1,88 m
Altura: 1,81 m
Entre-eixos: 2,67 m

Aceleração: (0 a 100 km/h) 7,5s
Retomada (80 km/h a 120 km/h): 4,8s

Frenagem: (80 km/h a 0) 33,9 m

Consumo urbano: 9,6 km/l
Consumo rodoviário: 15,3 km/l

Medições de consumo e desempenho feitas pelo Instituto Mauá de Tecnologia

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Volvo encerra venda de carros novos movidos apenas a gasolina no Brasil https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/18/volvo-encerra-venda-de-carros-novos-movidos-apenas-a-gasolina-no-brasil/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/05/18/volvo-encerra-venda-de-carros-novos-movidos-apenas-a-gasolina-no-brasil/#respond Tue, 18 May 2021 15:49:22 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/05/xc40-04-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=369 A Volvo confirmou nesta terça (18) que venderá somente modelos híbridos e elétricos no mercado brasileiro.

Ao longo de 2020, a marca sueca que faz parte do grupo chinês Geely retirou versões movidas apenas a gasolina de seu portfólio. Os carros híbridos representaram 63% dos emplacamentos da montadora no país no ano passado.

A medida já havia sido implementada na Noruega. Outros mercados em que a Volvo atua passarão pela mesma mudança nos próximos anos. É o primeiro passo de um grande processo: a partir de 2030, todos os automóveis de passeio produzidos pela montadora serão 100% elétricos.

Porta-objetos frontal do Volvo XC40 tem 31 litros de capacidade (Divulgação)

Hoje a empresa comercializa veículos híbridos plug-in no Brasil. São carros que rodam com gasolina, eletricidade ou a combinação de ambas. É possível fazer recargas na tomada, o que permite uma autonomia de aproximadamente 40 quilômetros sem queimar combustível.

O primeiro veículo 100% elétrico da Volvo no Brasil será o XC40 Recharge Pure. O utilitário esportivo está em pré-venda por R$ 389.950, e as entregas aos clientes começam em setembro.

De acordo com a montadora, o modelo pode rodar até 418 quilômetros com uma carga completa. A combinação de seus dois motores (um em cada eixo) gera potência equivalente a 408 cv.

Devido à instalação das baterias no assoalho do carro, o porta-malas perdeu capacidade: passou de 460 litros para 414 litros.

Interior do Volvo XC40 elétrico (Divulgação)

Há uma compensação: com a adoção dos motores elétricos instalados junto aos eixos do XC40, abriu-se espaço para um porta-objetos com capacidade para 31 litros sob o capô. É o suficiente para uma mochila.

A marca anunciou um programa de subsídios para instalação de pontos de recarga em empreendimentos residenciais e comerciais.

Na cidade de São Paulo, desde 31 de março, uma norma obriga novos prédios registrados na prefeitura a oferecer um sistema de recarga para carros elétricos ou híbridos.

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Chineses lançam o Fusca elétrico que a Volkswagen não fez https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/20/chineses-lancam-o-fusca-eletrico-que-a-volkswagen-nao-fez/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/04/20/chineses-lancam-o-fusca-eletrico-que-a-volkswagen-nao-fez/#respond Tue, 20 Apr 2021 14:39:23 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/fusca-01-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=354 Antes de lançar produtos globais com identidade própria, a indústria automotiva chinesa tornou-se famosa por copiar os carros dos outros. As “homenagens” continuam por lá, e o modelo da vez é o Fusca.

Por meio de sua divisão de carros elétricos, a montadora Great Wall apresenta o ORA Punk Cat. O desenho mistura elementos de diferentes gerações do besouro da Volkswagen.

Enquanto a carroceria está mais para os Fuscas modernizados lançados nos últimos 25 anos, faróis, lanternas e para-choques remetem a versões dos anos 1960. A pintura em dois tons dá um toque ainda mais retrô ao conjunto.

O interior é outra salada. O mostrador digital fica atrás de um volante à moda antiga, e há também uma enorme tela sensível ao toque que concentra as funções do carro. Forrações e detalhes em verde, creme e rosa-choque se espalham pela cabine.

A potência do motor elétrico ainda não foi divulgada, tampouco a autonomia do Punk Cat. O carro, que chegará às lojas chinesas no fim do ano, estará em exposição na edição 2021 do Salão de Xangai. O evento será aberto nesta quarta (21).

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Volkswagen diz que atingiu seu objetivo ao mentir sobre troca de nome nos EUA https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/31/volkswagen-diz-que-atingiu-seu-objetivo-ao-mentir-sobre-troca-de-nome-nos-eua/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/31/volkswagen-diz-que-atingiu-seu-objetivo-ao-mentir-sobre-troca-de-nome-nos-eua/#respond Wed, 31 Mar 2021 15:44:54 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/volkswagen-id.4-official-pictures-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=349 Não foi verdade nem brincadeira, foi mentira mesmo. Para não ser mais uma entre tantas montadoras que divulgam notícias falsas no dia 1º de abril,  a Volkswagen se antecipou e afirmou nesta terça (30), em comunicado oficial, que mudaria seu nome para Voltswagen nos Estados Unidos.

O objetivo seria destacar a campanha de eletrificação da montadora no mercado americano.

“Desde o início, a intenção era gerar a consciência sobre um importante tema empresarial e setorial do país. As muitas respostas positivas nas redes sociais mostram que atingimos este objetivo”, diz a montadora em uma nota divulgada nesta quarta (31).

O problema é que a ação não se limitou às redes sociais da marca, que passaram o dia ostentando o nome falso.

Diferentemente de outras tantas iniciativas do tipo nessa época do ano, a montadora alemã, além de usar seus canais oficiais de notícias, optou por confirmar a informação a quem procurasse sua equipe americana de comunicação. Incluiu até um discurso do presidente da marca nos EUA no material que detalha a falsa troca de nome.

Volkswagen disse que passaria a se chamar Voltswagen nos Estados Unidos. Era mentira (Divulgação)

Ao longo do dia, o tema ocupou os sites de veículos de comunicação mundo afora e foi replicado por agências de notícias, sempre com a confirmação de representantes da Volkswagen.

Com a chancela da marca, o tom das notícias foi mudando. O que aparentava ser uma brincadeira pela manhã se tornou uma verdade surpreendente à tarde e virou uma grande mentira à noite, quando o jornal The Wall Street Journal, que também havia noticiado a mudança como real, ouviu de um representante da marca na Alemanha que se tratava de fake news.

A essa altura, a Volks registrava alta em suas ações nos EUA e o alvo da campanha de marketing, o utilitário elétrico ID.4, ganhava destaque.

A filial brasileira da marca não foi avisada da brincadeira e se assustou ao ver o comunicado oficial.

O ponto crucial para que jornalistas e influenciadores do mundo inteiro acreditassem no comunicado foi o dieselgate. A mudança de nome para Voltswagen, mesmo que temporária, seria uma tentativa coerente de apagar de vez o maior escândalo de emissões já registrado.

Em 2015, a VW admitiu ter manipulado os resultados de testes com veículos à diesel nos EUA, fingindo que estes respeitavam os padrões americanos para a emissão de poluentes. A fraude envolveu 11 milhões de veículos e gerou punições bilionárias à fabricante.

Como a notícia falsa de agora movimentou o mercado de ações, a montadora pode ter problemas legais. Além disso, a mentira confirmada por meios oficiais trouxe o dieselgate de volta ao noticiário justamente quando a empresa inicia sua virada elétrica nos EUA.

“O que começou como um esforço de 1º de abril deixou o mundo inteiro agitado. Acontece que as pessoas são tão apaixonadas por nossa herança quanto por nosso futuro elétrico. Então, seja Voltswagen ou Volkswagen, ter as pessoas falando sobre direção elétrica e nosso ID.4 só pode ser uma coisa boa”, diz uma mensagem publicada nesta quarta (31) pelo Twitter oficial da montadora.

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Stellantis já produz motores turbo no Brasil para Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/stellantis-ja-produz-motores-turbo-no-brasil-para-fiat-jeep-citroen-e-peugeot/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/03/10/stellantis-ja-produz-motores-turbo-no-brasil-para-fiat-jeep-citroen-e-peugeot/#respond Wed, 10 Mar 2021 23:42:08 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/03/Motor_T4_13l_Foto2_Leo_Lara-large-300x215.jpeg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=333 A Stellantis iniciou a produção nacional de seus novos motores turbo, que equiparão modelos das marcas Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot. O anúncio foi feito nesta quarta (10) durante visita do presidente da empresa, Carlos Tavares, à fábrica de Betim (MG).

Foram investidos R$ 400 milhões na nova linha de montagem, e mais R$ 100 milhões serão aplicados até o fim deste ano. A planta faz parte do complexo industrial que monta modelos da marca Fiat desde a década de 1970.

Em um comunicado divulgado pela montadora, Tavares diz que “esta é uma grande notícia para a economia brasileira”.

O primeiro motor produzido será o 1.3 turbo (180 cv), que vai equipar as versões 2022 da picape Fiat Toro e dos utilitários esportivos da Jeep –Compass e Renegade, além do futuro modelo de sete lugares da marca americana.

O 1.0 turbo começará a ser feito no segundo semestre e terá três cilindros. A potência deverá ficar entre 100 cv e 120 cv.

Essa opção vai equipar carros compactos da Fiat, da Citroën e da Peugeot. Será o primeiro grande movimento industrial a envolver as francesas dentro do grupo Stellantis na América do Sul.

A sinergia tende a aumentar nos próximos anos, com o compartilhamento de plataformas. Isso possibilitará a produção de novos modelos no Brasil e na Argentina, independentemente da marca e da fábrica.

Embora apenas agora façam parte de um mesmo grupo, Fiat Peugeot e Citroën já têm longo relacionamento fabril, inclusive no Brasil.

Veículos comerciais leves das três marcas já dividiram a plataforma em Sete Lagoas (MG). Por meio de uma joint venture com a Iveco, foram montados os furgões Ducato, Boxer e Jumper. A parceria teve início em 2000 e foi encerrada em 2016.

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