Máquinas do Tempo https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br Passado, presente e futuro da mobilidade e da indústria automotiva Fri, 19 Nov 2021 02:43:08 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Carro mais vendido da Porsche no Brasil, 911 ganha nova versão GT3 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/17/carro-mais-vendido-da-porsche-no-brasil-911-ganha-nova-versao-gt3/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2021/02/17/carro-mais-vendido-da-porsche-no-brasil-911-ganha-nova-versao-gt3/#respond Wed, 17 Feb 2021 19:37:48 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/porsche-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=329 A nova geração do esportivo 911 fez a Porsche acelerar enquanto outras marcas engatavam a marcha a ré no Brasil. A marca alemã teve alta de 32,4% nas vendas em 2020 na comparação com 2019, segundo a Abeifa (entidade que representa os importadores de veículos).

Foram emplacadas 755 unidades do modelo no ano passado, nenhuma por menos de R$ 500 mil. É o campeão de vendas da marca no país.

O sucesso faz a montadora alemã confirmar mais uma versão para o mercado nacional. Apresentado nesta semana na Europa, o 911 GT3 chegará no segundo semestre.

Embora seja homologado para circular nas ruas, o novo Porsche é, na essência, um carro para pistas de corrida. A começar pelo som do motor boxer de seis cilindros, que entrega 510 cv de potência. Trata-se do mesmo 4.0 utilizado nos modelos de competição de competição da marca.

De acordo com a fabricante, o 911 GT3 pode atingir a velocidade de 320 km/h e acelerar do zero aos 100 km/h em 3,4 segundos.

Anteparos aerodinâmicos –com destaque para o aerofólio gigantesco instalado na traseira— criam a pressão necessária para manter o Porsche grudado ao asfalto. O componente pode ser ajustado manualmente para o uso em autódromos.

A suspensão também foi feita para as pistas de corrida. O esportivo traz o sistema “double wishbone”, desenvolvido para melhorar o desempenho nas curvas.

A tradução de “wishbone” –osso do desejo— é menos estranha do que parece.  O componente se assemelha à fúrcula, ossinho do peito do frango que era usado em disputas de sorte nos almoços de família.

Os primeiros compradores do novo GT3 na Europa receberão o esportivo em maio. O preço na Alemanha começa em 167,5 mil euros, valor que equivale a R$ 1,09 milhão.

As unidades que chegarão ao Brasil no segundo semestre serão equipadas com o câmbio automático PDK, de dupla embreagem e sete marchas.

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Primeiro elétrico da Audi, E-tron mostra boa autonomia em teste rodoviário https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/primeiro-eletrico-da-audi-e-tron-mostra-boa-autonomia-em-teste-rodoviario/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2020/04/24/primeiro-eletrico-da-audi-e-tron-mostra-boa-autonomia-em-teste-rodoviario/#respond Fri, 24 Apr 2020 22:50:24 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2020/04/etron-04.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=144 Os primeiros quilômetros ao volante do Audi E-tron são gastos com a adaptação ao retrovisor eletrônico. As imagens são geradas por câmeras e reproduzidas em telas de alta resolução instaladas nas portas. Sim, é muito estranho.

Passado o período necessário para se acostumar com a tecnologia, o motorista se lembra que está a bordo do primeiro carro elétrico feito pela marca alemã, um utilitário esportivo vendido por a partir de R$ 460 mil.

O prestígio conferido pelas quatro argolas é confirmado pelo acabamento da cabine, com molduras plásticas que parecem pedras nobres. A versão testada tem forrações escuras tanto nas portas como nos bancos de couro.

Audi E-tron
Porta-malas do Audi E-tron tem 600 litros de capacidade (Divulgação)

Os motores elétricos começam a funcionar em absoluto silêncio. O dianteiro oferece 184 cv de potência, enquanto o traseiro entrega 224 cv. O painel indica autonomia de 402 quilômetros, garantidos pelos 700 kg de baterias instaladas no assoalho. Ao todo, o E-tron tem 2.655 quilos.

O motorista só percebe que está em um carro pesadão nas curvas mais fechadas, quando o balanço da carroceria faz a suspensão a ar trabalhar bastante.

Ao acelerar em linha reta, o E-tron se comporta como os modelos da linha RS, embora mais empenhado em oferecer conforto. Dirigir esportivamente, contudo, significa ver a autonomia se esvair.

Ao sair da garagem, o painel indica que o Audi tem carga suficiente para percorrer 406 km. O valor vai caindo devagar no trânsito urbano: veículos elétricos aproveitam as freadas para recuperar  a energia.

Na estrada rumo ao litoral, a situação muda. Com o navegador estabilizado a 120 km/h, máxima permitida na Rodovia dos Imigrantes, o consumo aumenta.

Chega o trecho de descida, com máxima de 80 km/h. O E-tron adequa a velocidade ao ritmo do tráfego e, no fim da serra, exibe 413 quilômetros de autonomia.

A recuperação de energia é potencializada morro abaixo, embora o indicador de carga se mantenha estabilizado. É semelhante ao que ocorre com os carros a combustão, que parecem ganhar quilômetros extras quando estão poupando gasolina nos longos declives.

Audi E-tron
Espelho retrovisor eletrônico do E-tron instalado na porta do motorista; tela exibe imagens captadas por uma câmera (Divulgação)

Embora seja irreal –as estradas não são feitas apenas de descidas—, a autonomia exibida no painel do E-tron dá confiança para a subida da volta. Os motores elétricos ignoram aclives e, com a potência combinada de 408 cv, fazem o Audi desrespeitar as leis da natureza. A terra parece plana.

Seria ainda melhor se esse Audi não fosse tão grandalhão: são 4,9 m de comprimento. O SUV médio-grande Q5 custa a metade do preço, tem 4,66 m de uma ponta a outra e oferece o mesmo (bom) espaço para cinco ocupantes.

De volta à garagem, o marcador de carga do E-tron indica que seria possível rodar mais 221 km antes da recarga. Ao somar com a distância percorrida no teste, a autonomia total seria de 366 km.

Ao manobrar o carro para estacionar após o teste, percebe-se que os retrovisores eletrônicos já foram assimilados e, de fato, geram imagens mais nítidas que a dos espelhos convencionais, além de dar uma pequena contribuição para a aerodinâmica. O problema é o preço: o acessório tecnológico custa R$ 13 mil. Melhor ficar com as lentes tradicionais.

Audi E-tron
Interior do E-tron, primeiro carro elétrico da Audi (Divulgação)
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Mustang se divide entre razão e emoção com carro elétrico e GT500 a gasolina https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/20/mustang-se-divide-entre-razao-e-emocao-com-carro-eletrico-e-gt500-a-gasolina/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/11/20/mustang-se-divide-entre-razao-e-emocao-com-carro-eletrico-e-gt500-a-gasolina/#respond Wed, 20 Nov 2019 19:48:52 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/11/IMG_3348-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=106 Como se fosse por mero acaso, a Ford revela seu primeiro Mustang elétrico ao mesmo tempo em que lança a versão mais potente de todos os tempos de seu ícone esportivo –com motor V8 a gasolina.

Os novos e velhos tempos se encontram no Salão do Automóvel de Los Angeles, local escolhido para as apresentações. O evento será aberto ao público nesta sexta-feira (22).

O primeiro a ser conhecido é o elétrico Mach E, um utilitário esportivo de quatro portas.

As proporções não causam estranheza, apesar de ser difícil associar o estilo familiar de um SUV ao nome Mustang. O carro, que será lançado no fim de 2020 nos EUA e na Europa, faz parte do programa da Ford que vai investir o equivalente a R$ 45 bilhões em veículos híbridos e elétricos até 2022.

Mustang Mach E pode ser equipado com um ou dois motores elétricos (Divulgação)

Ted Cannis, responsável pelo projeto de eletrificação, afirma que optar pela grife Mustang nesse projeto era uma atitude necessária para chamar a atenção. “Precisávamos de algo a mais.”

A ideia do executivo faz sentido. Caso a Ford optasse por colocar sua logomarca oval em um novo veículo elétrico, seria mais um entre os diversos automóveis que não queimam combustível já produzidos pela marca.

Ao receber o prenome Mustang, o Mach E confirma que agora há mais uma família de produtos, que deve originar novas versões quatro portas no estilo sedã e, provavelmente, um utilitário ainda maior. É o que aconteceu com a Porsche ao lançar o Cayenne e, anos depois, o Panamera.

Para ser Mustang, é preciso ser esportivo. As cinco versões disponíveis não terão menos que 258 cv. No topo da lista está o GT Performance. Combinados, seus dois motores elétricos geram 465 cv e quase 90 kgfm de torque. É o suficiente para chegar aos 100 km/h em aproximadamente três segundos.

Versão GT do utilitário esportivo elétrico Mustang Mach E (Divulgação)

Antes de sua exibição no Salão de Los Angeles, foi possível andar de carona em um protótipo do Mach E. Embora não fosse a unidade mais potente, a aceleração abrupta confirmou que carros elétricos podem ser muito rápidos, apesar de silenciosos. É uma característica bem diferente do barulhento V8 de 770 cv do Shelby GT500.

O Mustang mais potente da história foi oferecido para uma volta pela região montanhosa de Los Angeles. O ronco grave do motor 5.0 reverbera pela garagem, e isso é algo que nenhum carro elétrico poderá replicar.

Os bancos tipo concha são mais confortáveis do que parecem, mas têm regulagens manuais. O volante revestido de couro tipo camurça absorve o suor das mãos e traz ajuste de altura e de profundidade.

A serpente que simboliza a preparadora Shelby vai gravada na grade frontal e na tampa traseira. A imagem some diante a cor laranja do carro testado.

Mal se percebe a atuação do câmbio automático de 10 marchas. Mesmo no modo Track, quando todos os 770 cv são liberados, as trocas ocorrem com suavidade. O que se percebe são os estouros que vêm do escapamento.

A tração traseira empurra o carro morro acima com tanta disposição que não se distingue aclive ou declive. O motorista sente cada reação do veículo, que parece debochar da capacidade de quem está ao volante.

Após uma longa sequência de curvas, chega-se ao ponto de parada para um lanche. Aí se olha para trás e… Aonde está o banco?

O espaço limitado para caronas que existe em outros Mustang não está disponível no GT500. É um cupê de dois lugares, feito para acelerar nos finais de semana.

Aerofólio é parte de pacote de opcionais do novo Mustang Shelby GT500 (Eduardo Sodré/Folhapress)

No Mach E, a coisa é bem diferente. Há um assento traseiro confortável capaz de levar três passageiros. O porta-malas de 470 litros é complemento por um alçapão de 90 litros na parte frontal, já que não há um motor ali.

Apesar desse lado família, o Mustang elétrico pode ser mais rápido que o GT500 nas arrancadas. Pelos dados da fabricante, a vantagem do Mach E seria de aproximadamente meio segundo na prova de aceleração de zero a 100 km/h.

O utilitário esportivo também é superior em tecnologia. A tela vertical de 15,5 polegadas colocada no centro do painel interage com o motorista e concentra todas as informações do carro. Dá para ver quais são os pontos de recarga mais próximos e com quantos quilômetros de autonomia o carro vai estar quando chegar à tomada.

O mostrador gigante segue o que já foi feito pela Tesla. A marca de Elon Musk será a principal concorrente dos Mustang elétricos nos EUA.

Em condições favoráveis de trânsito, o Mach E é capaz de rodar cerca de 500 quilômetros até precisar ser recarregado. O número é próximo do que o GT500 consegue rodar com um tanque de gasolina, de acordo com os dados do computador de bordo do esportivo.

Enquanto a versão First Edition do Mach E será vendida pelo equivalente a R$ 252 mil, o Mustang preparado pela Shelby é comercializado por a partir de R$ 310,8 mil.

O sonho da montadora é ter clientes que comprem os dois carros: o elétrico para uso cotidiano e o GT500 para os dias de lazer. Talvez, em um futuro não muito distante, surjam versões Shelby com motores que não queimam gasolina. O desempenho deverá ser até melhor, mas não há como substituir o ronco do motor V8.

O jornalista viajou a convite da Ford

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Land Rover apresenta novo Defender, que chega ao Brasil em 2020 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/10/land-rover-apresenta-novo-defender-que-chega-ao-brasil-em-2020/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/09/10/land-rover-apresenta-novo-defender-que-chega-ao-brasil-em-2020/#respond Tue, 10 Sep 2019 12:34:14 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/09/850B838D-5194-4584-BFD1-AB575218081B-300x215.jpeg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=55 O estande da Land Rover no Salão do Automóvel de Frankfurt já estava cheio uma hora antes de sua grande novidade ser revelada. O público formado por jornalistas de todo o mundo aguardava a apresentação do novo Defender.

A primeira exibição do utilitário equivale ao que aconteceu há 25 anos quando a Volkswagen exibiu o primeiro conceito do New Beetle em Detroit, que anos depois foi transformado em um Fusca modernizado. O que os ingleses fazem agora é reinventar seu carro mais icônico, que havia saído de linha em 2016 após 68 anos no mercado.

O Defender 2020 preserva o estilo quadrado que o acompanha desde 1948, ano em que foi apresentado ao público no Salão do Automóvel de Amsterdã. A empresa garante que a valentia da geração anterior também foi mantida, conciliada a luxos que combinam mais com o asfalto do que com a lama.

Há quatro opções de motorização, duas a diesel e duas a gasolina. De acordo com a Land Rover, também haverá versões híbridas.

A opção mais potente tem motor 3.0 turbo (gasolina) de 400 cv. Toda a linha é equipada com câmbio automático de oito marchas produzido pela empresa ZF.

O Defender pode ser equipado com suspensão a ar adaptativa, capaz de interpretar as condições do piso e preparar o carro para o pior. Há também módulos eletrônicos que fornecem atualizações ao veículo, algo similar ao que ocorre com smartphones.

O início das vendas no Brasil está confirmada para o segundo semestre de 2020.

É difícil se aproximar do carro, sempre cercado por jornalistas que acompanham o Salão do Automóvel de Frankfurt.

Painel da nova geração do Land Rover Defender

Quando, enfim, se torna possível acessar a cabine do Defender, se encontra um interior que parece simples diante de outros modelos da Land Rover, mas que se torna suntuoso se comparado às versões antigas do Defender.

O piso tem revestimento de borracha, material mais fácil de limpar. A posição ao volante é bem mais acolhedora que antes, mas a base de comparação não é das melhores: o utilitário antigo não era nada ergonômico.

A versão curta 90 tem duas portas e espaço razoável no banco traseiro. Já a opção alongada 110 oferece dois assentos extras instalados no porta-malas.

Embora tenha ficado bem mais luxuoso que antes, o Defender 2020 não parece ser a opção mais indicada para o uso na cidade, que se tornou o habitat natural dos utilitários.

A proposta é oferecer conforto no uso off-road, mas sem exagerar nos mimos desejados por quem só usa seus jipões no meio urbano.

O Salão do Automóvel de Frankfurt será aberto ao público nesta quinta (12).

Lateral do novo Land Rover Defender 90, que tem estepe fixado na tampa traseira
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Golf completa 25 anos de Brasil e ganha versão eletrificada https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/10/golf-completa-25-anos-de-brasil-e-ganha-versao-eletrificada/ https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/2019/08/10/golf-completa-25-anos-de-brasil-e-ganha-versao-eletrificada/#respond Sat, 10 Aug 2019 05:00:44 +0000 https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/files/2019/08/golf-gti-1994-300x215.jpg https://maquinasdotempo.blogfolha.uol.com.br/?p=20 Em fevereiro de 1994, a Volkswagen alugou o Autódromo de Interlagos para apresentar o Golf GTI, seu primeiro carro importado para o mercado nacional. Passados 25 anos, o hatch médio volta a ser um pioneiro no Brasil.

A montadora vai lançar a versão híbrida do modelo, com estreia prevista para o fim deste ano. Seu nome: GTE.

O “E” da sigla é abreviação de “Electricity”, que substitui o “I” de “Injection”.

O novo Golf tem um motor elétrico instalado junto ao sistema de transmissão, que gera potência equivalente a 102 cv. Sozinho, consegue fazer o carro rodar por até 50 quilômetros sem que seja preciso acionar o outro motor, a gasolina.

O casamento de combustão e eletricidade justifica o “GT” (“Gran Tourismo”) no nome. Essa junção de letras é reservada aos carros mais esportivos da Volkswagen.

O motor a gasolina é o mesmo 1.4 turbo (150 cv) usado em diversos veículos da marca à venda no Brasil. A combinação das potências resulta em 204 cv, pois há perdas pelo caminho. Ainda assim, é um número próximo dos 230 cv do GTI atual —e muito superior aos 116 cv do GTI de 1994.

A Volkswagen emprestou o Golf GTE para uma volta ao redor da fábrica de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo). O primeiro quilômetro foi percorrido nas dependências da montadora, com o carro no modo elétrico.

Nem os funcionários estão acostumados com o silêncio: um operário se assustou ao ver o carro se aproximar enquanto atravessava uma rua interna.

A opção híbrida foi acionada logo após o carro ganhar a rua. Uma acelerada mais forte na saída do semáforo mostrou que o “E” não é muito diferente do “I” quando se trata de um Volks GT.

Além de conseguir rodar no modo 100% elétrico, o Golf GTE pode ser recarregado na garagem. Se as baterias estiverem no nível mínimo de energia permitido pelo sistema, o tempo plugado em uma tomada de 220V será de duas horas e 45 minutos, segundo a fabricante.

O pacote de baterias é composto por 96 células que se parecem com um livro de bolso. Cada uma tem capacidade semelhante às usadas em notebooks. O conjunto é instalado junto ao eixo traseiro, ao lado do tanque com capacidade para 40 litros de combustível.

A Volkswagen diz que a combinação de gasolina e eletricidade permite percorrer cerca de 900 quilômetros.

Roger Guilherme, gerente de engenharia da Volkswagen, afirma que o gasto residencial a cada recarga completa em São Paulo é de R$ 5. Esse será a despesa diária de um motorista que percorre 50 quilômetros no trajeto de ida e volta ao trabalho.

Se o dono não quiser se preocupar com tomadas, pode usar o carro o tempo todo em modo híbrido. O motor a gasolina também consegue alimentar as baterias, mas a eficiência não será a mesma.

A graça está em utilizar a eletricidade para reduzir as emissões de poluentes e CO2 no meio urbano.

Carros como o Golf GTE são as soluções que as montadoras têm encontrado para atender a legislações ambientais cada vez mais restritivas. Sem a eletrificação, os automóveis não conseguirão obter as homologações necessárias para rodar.

O lado ruim é o quanto deverá custar a versão híbrida. A tendência é de valor superior aos R$ 151.530 pedidos atualmente por um Golf GTI.

Espera-se que a disseminação da tecnologia ajude a reduzir os preços, até porque é um caminho sem volta.

Nos dias de hoje, o Golf GTI de 1994 não teria a menor chance de ser lançado. Contudo, não há razão para saudosismo. O GTE é mais eficiente em todos os aspectos, talvez só perca no carisma.

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